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Ciber-risco: Como a Falta de Preparação Aumenta o Impacto dos Ataques

Todos os anos, a 30 de novembro, assinala-se o Dia Internacional da Segurança da Informação . É um lembrete global de que vivemos num mundo onde os dados são o novo petróleo — e, simultaneamente, o novo alvo. Portugal não é exceção. Pelo contrário: é um dos países europeus onde as PME mais sofrem ataques informáticos, mas onde menos se investe em proteção especializada. Num contexto em que um simples ataque de ransomware pode paralisar uma empresa durante semanas, a pergunta não é se o risco existe, mas se estamos preparados para o enfrentar. E a resposta, infelizmente, ainda é “não” para a maioria das empresas e profissionais. O custo real de um ataque: muito além da fatura tecnológica A perceção comum é que um ataque informático é, essencialmente, um problema técnico. Um mito perigoso. Quando uma empresa é atacada, o impacto é multidimensional: Interrupção do negócio — dias ou semanas sem faturar. Perda de dados críticos — contratos, ficheiros, bases de clientes. Dano...

Os Maiores Erros Financeiros dos Expatriados na Europa

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Mudar-se para a Europa é um passo excitante, mas também um dos momentos em que mais erros financeiros se cometem. E não estamos a falar de pequenos deslizes: muitos expatriados chegam com ideias feitas, falsas expectativas e mitos herdados de conversas de café ou grupos de Facebook. O resultado? Decisões caras, riscos desnecessários e, em alguns casos, perdas financeiras muito difíceis de recuperar. Como profissional do sector financeiro que acompanha diariamente cidadãos norte-americanos a instalarem-se em Portugal e noutros países europeus, vejo repetidamente dois erros críticos que poderiam ser facilmente evitados com aconselhamento profissional e independente. 1. Acreditar que existem seguros de saúde europeus que cobrem condições pré-existentes Este é, de longe, o mito mais recorrente. Muitos expatriados chegam à Europa com a expectativa — totalmente fora da realidade — de que podem contratar um seguro de saúde privado depois de já terem uma condição médica diagnosticada e...

Testar para Viver: A Relevância do Diagnóstico Precoce no VIH

Todos os anos, a 1 de dezembro, o Dia Mundial da Sida recorda-nos que o VIH não é apenas uma estatística global: é uma realidade que continua a afetar milhares de pessoas em Portugal. Embora tenhamos feito progressos significativos nas últimas décadas — com terapias mais eficazes, maior acesso à informação e menos estigma — há um elemento que permanece absolutamente decisivo: o diagnóstico precoce . Diagnosticar cedo salva vidas — e muda histórias Na verdade, quem descobre o VIH numa fase inicial pode iniciar tratamento rapidamente, alcançar carga viral indetetável e viver com qualidade, longe de muitos dos riscos que antes eram inevitáveis. No entanto, isto só é possível quando existe acesso fácil e regular a exames de rotina . Infelizmente, ainda há quem evite testar-se por medo, desinformação ou falta de acompanhamento médico. É aqui que a consciencialização desempenha um papel vital: quanto mais cedo sabemos, melhor cuidamos . Portugal continua a registar diagnósticos tardios ...

Adoecer jovem: o lado oculto da Segurança Social

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Durante décadas, fomos ensinados a acreditar que a Segurança Social seria a rede que nos ampararia em qualquer circunstância: na doença, na velhice, no desemprego. Mas a realidade, quando olhamos com frieza para os factos, é bem diferente. O sistema público simplesmente não está preparado para proteger quem adoece jovem ou perde a capacidade de trabalhar antes do previsto . E quando isso acontece, a pessoa deixa de ser vista como contribuinte e passa a ser encarada — injustamente — como um peso. Este é um tema incómodo. Mas é precisamente por ser incómodo que precisa de ser colocado em cima da mesa. O mito da proteção garantida A Segurança Social foi desenhada numa época em que: as carreiras contributivas eram longas e contínuas, a idade de reforma era mais baixa do que a esperança média de vida, e as doenças incapacitantes surgiam, em regra, mais tarde. Hoje, o cenário é outro: o mercado de trabalho é instável, os salários crescem pouco, muitos jovens não con...

Certificados de Aforro: segurança ou ineficiência financeira?

A recente notícia de que os portugueses estão com 39,4 mil milhões de € aplicados em certificados de aforro mostra duas realidades simultâneas: por um lado, a prudência e preocupação da população com o risco; por outro, uma clara ineficiência ao nível da gestão financeira e patrimonial. Jornal de Negócios Ter liquidez — ou seja, disponibilidades imediatas ou quase imediatas — é, sem dúvida, sensato até certo ponto: serve para emergências, oportunidades imprevisíveis ou situações de stress. Mas quando grande parte do património permanece em instrumentos com rendimento muito modesto — ou mesmo abaixo da inflação real — isso revela várias fragilidades : O custo da oportunidade Mesmo certificações de aforro ou depósitos garantidos têm, em muitos casos, remuneração que mal cobre a inflação ou, em termos reais, gera perdas de poder de compra. Como aponta um artigo sobre diversificação: “… os resultados serão sempre garantidamente catastróficos porque nem sequer são suficientes para com...

Saúde Oral: A Chave da Longevidade

Quase 70% dos portugueses têm falta de dentes naturais . Mais de metade desconhece que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza consultas de medicina dentária . Estes números mostram algo maior do que simples falhas de prevenção: revelam um país onde a saúde oral continua subvalorizada — precisamente numa altura em que a população sénior é maior do que nunca. E há uma pergunta que já não podemos evitar: como é que uma pessoa pode envelhecer com qualidade de vida se não consegue mastigar, sorrir ou falar sem limitações? A resposta passa, inevitavelmente, por uma mudança de hábitos, mas também por um apoio estruturado que o SNS não consegue garantir sozinho. É aqui que o seguro de saúde privado se torna decisivo. Porquê Falar de “Terceiro Sorriso”? Se o primeiro sorriso é o da infância e o segundo o da vida adulta, o “ terceiro sorriso ” simboliza a fase da vida em que procuramos autonomia, bem-estar e dignidade. Mas esse sorriso só existe quando a saúde oral está preservada...

Quando os Diplomas Não Salvam da Superstição Económica

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Outubro, o Mês da Literacia Financeira . Um período dedicado a iluminar conceitos, a descomplicar siglas e a empoderar os cidadãos para tomadas de decisão conscientes. No entanto, em Portugal, deparamo-nos com uma realidade peculiar e profundamente enraizada: a de que o conhecimento técnico ou académico de elite é perfeitamente compatível com uma   pobre literacia financeira pessoal . E o pior, é que esta convive alegremente com mitos e superstições que seriam mais próprios de um conto popular do que de uma carteira de investimentos. Tropeçamos, com frequência, em engenheiros, médicos ou advogados de craveira – mentes brilhantes nas suas áreas – que, à mesa de café, professam um conjunto de crenças económicas que beiram o irracional. São os últimos redutos de um pensamento mágico que teima em não morrer. Vejamos alguns dos "clássicos" nacionais. A Desconfiança Cega no Sistema: "Os Bancos São Todos uns Ladrões" É talvez o pilar central desta mitologia. Uma desconfian...

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