O fogo não espera, e nós também não devíamos
O verão chegou e, com ele, o cenário que infelizmente se repete: incêndios rurais que consomem hectares de floresta, ameaçam comunidades e deixam um rasto de destruição difícil de apagar. Segundo dados recentes do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), entre janeiro e julho deste ano deflagraram 3.202 incêndios rurais , um aumento de 68% face ao mesmo período de 2024. A área ardida quase triplicou , atingindo os 9.974 hectares . Estes números não são apenas estatísticas. São o reflexo de vidas interrompidas, património natural perdido e famílias que vivem com o receio constante de verem as suas casas ameaçadas. O Norte e o Alentejo foram as regiões mais afetadas, com milhares de hectares consumidos pelas chamas. É urgente repensar a forma como nos preparamos para este tipo de risco. A aposta em sistemas de alerta, vigilância e educação ambiental é essencial. Mas há também uma dimensão pessoal que não pode ser ignorada: a proteção dos bens e das casas . Num país onde o...