Navegando pela declaração do IRS: seguros de vida e fundos de pensão

Planejamento para a aposentadoria e proteção financeira são essenciais. Mas ao se deparar com o IRS, surge a dúvida: como declarar seguros de vida e fundos de pensão?

Para começar, é preciso entender a tributação. Seguros de vida, em geral, possuem regime fiscal favorável. O resgate (total ou parcial) do capital segurado sofre tributação autônoma de 28%. Existe, porém, a opção de integrá-lo à declaração como rendimento adicional, podendo se beneficiar das taxas progressivas do IRS, que variam de 14,5% a 48%, mais a sobretaxa de solidariedade (conforme tabela vigente).

Já os fundos de pensão possuem regras específicas. As contribuições realizadas pelo empregador são somadas a outros rendimentos do trabalho na declaração, mas não sofrem retenção na fonte. A diferença entre o valor aportado e o montante recebido na aposentadoria é tributada como rendimento de investimento, podendo ser enquadrada no regime mencionado para resgate de seguros.

É importante ressaltar que a legislação tributária pode sofrer alterações. Aconselho a consulta a um profissional qualificado para avaliar seu caso específico e definir a estratégia mais vantajosa na declaração.

Este artigo oferece uma visão geral. Tenha em mãos os documentos dos seus seguros e fundos de pensão, pois eles contêm informações essenciais para o correto preenchimento do IRS.

Além disso, vale lembrar:

Mantenha a organização dos comprovantes para facilitar a declaração nos anos seguintes.

Não hesite em buscar esclarecimentos junto à Autoridade Tributária e Aduaneira caso tenha dúvidas.

Com planejamento e informação, declarar seguros de vida e fundos de pensão se torna um processo menos burocrático, garantindo que você cumpra suas obrigações fiscais com tranquilidade.