Economia em expansão: Como preparar o seu portfólio para 2025

 O cenário económico global está a mudar, e, finalmente, para melhor. Para o último trimestre deste ano e para 2025, a perspetiva é positiva. A inflação europeia está a aproximar-se do tão desejado objetivo de 2%, o que sinaliza que os tempos de incerteza extrema podem estar a ficar para trás. Mas, o que é ainda mais importante é que esta queda gradual na inflação traz consigo algo muito aguardado: os ganhos reais no bolso dos consumidores. A estabilidade nos preços começará a traduzir-se em poder de compra, criando uma janela de otimismo para famílias e investidores.

Além disso, há outro fator a ter em conta. A maioria dos bancos centrais ao redor do mundo já iniciou a redução das taxas de juro, um movimento que pode parecer técnico, mas que tem implicações muito concretas no dia a dia das pessoas e empresas. Taxas de juro mais baixas tornam o crédito mais acessível e incentivam o investimento. Empresas ficam mais propensas a expandir e consumidores sentem-se mais confiantes para gastar, criando um círculo virtuoso de crescimento económico. A confiança dos agentes económicos começa a ganhar novo fôlego, o que resulta num maior dinamismo económico.

De acordo com as previsões da Comissão Europeia, este cenário positivo refletir-se-á no Produto Interno Bruto (PIB) da Europa, com uma projeção de crescimento de 0,8% em 2024 para 1,4% em 2025. Esse incremento, ainda que modesto, é um sinal claro de recuperação. Depois de anos de incerteza devido a pandemias, crises energéticas e guerras, o crescimento contínuo, mesmo que gradual, traz uma nova esperança para investidores.

Por que Investir Agora?

Se há um momento oportuno para canalizar poupanças para instrumentos financeiros, este momento é agora. Com a inflação controlada e as taxas de juro em baixa, a economia global cria um ambiente fértil para o crescimento de investimentos. No curto prazo, podemos esperar um aumento nas ações de empresas que se beneficiam diretamente de taxas de juro mais baixas, como o setor imobiliário, a construção civil e empresas de bens de consumo duráveis. Da mesma forma, os títulos de dívida pública ou privada podem apresentar melhores retornos à medida que a estabilidade económica se consolida.

Um cenário de inflação controlada significa também que os ganhos que se obtêm através de instrumentos financeiros não serão corroídos por aumentos nos preços. Em termos práticos, a taxa de juro real — que reflete o ganho efetivo após ajustar a inflação — será mais favorável para quem investir.

Além disso, com a melhoria nas perspetivas de crescimento para 2025, o mercado de capitais poderá ver um influxo de investidores, e os que entrarem antecipadamente poderão beneficiar mais das valorizações que se esperam com o aumento da atividade económica.

Diversificação é a Chave

No entanto, como qualquer estratégia de investimento, a prudência deve imperar. Uma diversificação inteligente — que inclua ações, obrigações e instrumentos de poupança — é fundamental para mitigar riscos. Com as taxas de juro a baixar e a economia a recuperar, setores como o da tecnologia, energias renováveis e infraestrutura podem representar oportunidades de retorno a médio e longo prazo. Ao mesmo tempo, manter uma parte do portfólio em ativos de menor risco, como obrigações de empresas sólidas ou de governos, pode oferecer um colchão de segurança em caso de qualquer turbulência inesperada.

A combinação de uma inflação controlada, crescimento económico moderado e a redução das taxas de juro cria um ambiente propício para investir em instrumentos financeiros. Este é o momento de aproveitar as oportunidades que surgem no horizonte, diversificando o portfólio e posicionando-se de forma estratégica para o futuro. Afinal, investir não é apenas uma questão de timing, mas de visão. E a visão para os próximos anos parece promissora.

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