A cibersegurança é importante, mas e quando falha? A solução está nos seguros
O mês de Outubro marca o Mês Europeu da Cibersegurança, uma iniciativa que visa sensibilizar cidadãos e empresas sobre a importância de proteger as suas infraestruturas digitais. Num mundo cada vez mais conectado, a cibersegurança não é apenas uma opção, mas uma necessidade fundamental para garantir a integridade da informação, a continuidade dos negócios e a confiança de clientes e parceiros. Contudo, uma pergunta essencial que muitos ignoram é: e se as medidas de cibersegurança falharem? Como podemos minimizar os impactos de um ataque cibernético? É aqui que entram os seguros cibernéticos, uma ferramenta vital para reforçar esta proteção.
Atualmente, somos confrontados com várias ameaças digitais, como o malware, phishing e ransomware, que podem causar estragos enormes tanto a nível financeiro quanto reputacional. Para além de comprometer a informação sensível, um ataque pode paralisar operações e afetar seriamente a credibilidade de uma empresa no mercado. Apesar das melhores práticas em cibersegurança serem uma primeira linha de defesa essencial, a verdade é que nenhuma solução é infalível. O risco zero não existe no ciberespaço, e é por isso que as empresas devem considerar uma abordagem mais abrangente, que inclui, além da cibersegurança, a contratação de seguros específicos para este tipo de riscos.
Os seguros cibernéticos surgem como uma solução eficaz para mitigar as consequências financeiras de um ataque cibernético. Estas apólices cobrem, por exemplo, custos associados à recuperação de dados, interrupções de negócios, e até eventuais reclamações de terceiros devido à exposição de dados pessoais. Para muitas pequenas e médias empresas (PMEs), um incidente cibernético sem seguro pode significar a ruína financeira. De facto, a realidade é que os custos de um ataque cibernético podem ultrapassar, em muito, o orçamento dedicado à segurança informática. Desde o pagamento de resgates a hackers, até às multas impostas por incumprimentos do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), o impacto é devastador.
Infelizmente, em Portugal, ainda existe uma clara subestimação do risco cibernético. Muitas empresas continuam a ver a cibersegurança como um custo, e não como um investimento. Esta visão tem de mudar. Num cenário em que o volume e a sofisticação dos ataques estão a aumentar, ignorar esta realidade pode ter consequências desastrosas. Um seguro cibernético, combinado com medidas robustas de segurança, oferece uma dupla camada de proteção, reduzindo o impacto de um eventual ataque e ajudando as empresas a recuperar de forma mais célere e eficaz.
Por outro lado, é fundamental que os empresários estejam conscientes da existência de soluções acessíveis no mercado. Os seguros cibernéticos são adaptáveis às necessidades de cada empresa, e o custo da apólice pode ser significativamente inferior ao prejuízo causado por um único ataque. Ainda assim, a proteção deve começar por uma análise séria dos riscos digitais que a empresa enfrenta, seguida de um investimento contínuo em cibersegurança, formação de funcionários e, claro, na contratação de uma apólice adequada.
Outubro é um excelente mês para refletir sobre a importância da cibersegurança, mas esta reflexão deve ir além da prevenção de ataques. É tempo de compreender que, mesmo com todas as precauções, o risco persiste. Neste sentido, os seguros cibernéticos não devem ser vistos como um custo adicional, mas sim como um complemento estratégico que pode, literalmente, salvar uma empresa de um desastre irreversível. Afinal, a segurança não tem preço, e as soluções estão à nossa disposição.