Ciber-risco: Como a Falta de Preparação Aumenta o Impacto dos Ataques
Todos os anos, a 30 de novembro, assinala-se o Dia Internacional da Segurança da Informação. É um lembrete global de que vivemos num mundo onde os dados são o novo petróleo — e, simultaneamente, o novo alvo. Portugal não é exceção. Pelo contrário: é um dos países europeus onde as PME mais sofrem ataques informáticos, mas onde menos se investe em proteção especializada.
Num contexto em que um simples ataque de ransomware pode paralisar uma empresa durante semanas, a pergunta não é se o risco existe, mas se estamos preparados para o enfrentar. E a resposta, infelizmente, ainda é “não” para a maioria das empresas e profissionais.
O custo real de um ataque: muito além da fatura tecnológica
A perceção comum é que um ataque informático é, essencialmente, um problema técnico. Um mito perigoso.
Quando uma empresa é atacada, o impacto é multidimensional:
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Interrupção do negócio — dias ou semanas sem faturar.
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Perda de dados críticos — contratos, ficheiros, bases de clientes.
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Danos na reputação — clientes que perdem confiança e não regressam.
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Coimas e responsabilidades legais — especialmente com o RGPD.
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Custos de recuperação — especialistas, forense digital, sistemas novos.
Em Portugal, segundo relatórios recentes do setor, o custo médio de um ataque de ransomware já ultrapassa os 60.000€ para uma PME, podendo facilmente escalar acima disso para empresas maiores ou profissionais que dependem intensamente de dados.
Compare-se este valor com o custo anual de um seguro de ciber-risco, que pode começar em poucas centenas de euros. A disparidade fala por si.
Um seguro de ciber-risco não substitui a prevenção — complementa-a
Muitas empresas apostam apenas em antivírus, firewalls e formações básicas. Medidas essenciais, claro — mas insuficientes para a complexidade das ameaças atuais.
O seguro de ciber-risco acrescenta camadas decisivas:
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Resposta imediata a incidentes, 24/7.
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Equipa especializada em contenção e recuperação.
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Cobertura de perdas financeiras por paralisação.
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Gestão de crise e comunicação para proteger a reputação.
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Apoio jurídico e RGPD, quando necessário.
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Resgate de dados e negociação com atacantes (quando aplicável).
Ou seja: quando o pior acontece, não está sozinho — e, sobretudo, não paga sozinho.
O erro mais comum: “A minha empresa é pequena, ninguém vai atacar-me”
Este é o mito nº1 em Portugal.
Na realidade, as pequenas empresas são os alvos preferidos dos hackers, precisamente porque têm menos proteção e menos recursos para reagir.
Um ataque automatizado pode afetar um consultório médico, um gabinete de engenharia, um escritório de contabilidade ou uma loja online com a mesma facilidade com que atinge uma multinacional.
E para um negócio pequeno, a probabilidade de não recuperar depois de um ciberataque é muito maior.
30 de novembro: a data que deve mudar a forma como Portugal vê a cibersegurança
Neste Dia Internacional da Segurança da Informação, a mensagem é clara:
Investir na proteção digital já não é opcional — é uma responsabilidade estratégica.
E dentro dessa proteção, um seguro de ciber-risco é uma das ferramentas mais eficazes para garantir que um ataque não se transforma numa tragédia empresarial ou pessoal.
É um investimento que custa muito menos do que as consequências de não o ter.
Proteger dados é proteger negócios
Vivemos numa era em que a segurança da informação é sinónimo de continuidade do negócio. Celebrar o 30 de novembro é reconhecer que a prevenção é importante, mas que a resiliência — a capacidade de sobreviver ao ataque — é ainda mais crítica.
Um seguro de ciber-risco não evita o ataque. Mas evita que o ataque destrua o que levou anos a construir.