Os Maiores Erros Financeiros dos Expatriados na Europa

Homem expatriado a acreditar em mitos sobre seguros de saúde e investimentos de alto risco na Europa

Mudar-se para a Europa é um passo excitante, mas também um dos momentos em que mais erros financeiros se cometem. E não estamos a falar de pequenos deslizes: muitos expatriados chegam com ideias feitas, falsas expectativas e mitos herdados de conversas de café ou grupos de Facebook. O resultado? Decisões caras, riscos desnecessários e, em alguns casos, perdas financeiras muito difíceis de recuperar.

Como profissional do sector financeiro que acompanha diariamente cidadãos norte-americanos a instalarem-se em Portugal e noutros países europeus, vejo repetidamente dois erros críticos que poderiam ser facilmente evitados com aconselhamento profissional e independente.


1. Acreditar que existem seguros de saúde europeus que cobrem condições pré-existentes

Este é, de longe, o mito mais recorrente.

Muitos expatriados chegam à Europa com a expectativa — totalmente fora da realidade — de que podem contratar um seguro de saúde privado depois de já terem uma condição médica diagnosticada e, ainda assim, esperar cobertura imediata e integral.
Isto simplesmente não existe no mercado europeu.

Os sistemas de saúde privados em Portugal, Espanha, França ou Itália seguem regras claras e muito mais conservadoras do que as praticadas em alguns Estados norte-americanos:

  • Condições pré-existentes raramente são cobertas, a não ser após longos períodos de carência.

  • Em muitos casos, podem mesmo ser excluídas de forma permanente.

  • As seguradoras avaliam cuidadosamente o historial médico e não assumem riscos que coloquem em causa o equilíbrio do sistema.

Sem orientação técnica, muitos expatriados descobrem estas restrições tarde demais — normalmente quando precisam de cuidados de saúde.

Uma boa assessoria financeira e de seguros ajuda a clarificar expectativas, comparar soluções e estruturar a protecção adequada antes da mudança, evitando surpresas desagradáveis.


2. Confiar cegamente em LLCs, fintechs e startups com promessas de lucros irreais

O segundo erro é igualmente perigoso, mas por razões diferentes.

É surpreendente a facilidade com que alguns expatriados entregam poupanças significativas a empresas registadas como LLCs, plataformas fintech ou startups “criptográficas”, seduzidos por:

  • promessas de retornos garantidos,

  • planos de investimento sem risco,

  • marketing agressivo feito através de influenciadores,

  • estruturas opacas ou não reguladas.

O problema?
Grande parte destas entidades não está autorizada a operar como instituição financeira na Europa, não segue regras de proteção do investidor e não oferece garantias de solvência. Quando algo corre mal — e corre muitas vezes — é praticamente impossível recuperar o dinheiro.

A Europa possui supervisores financeiros robustos, como a EIOPA, a ESMA ou os reguladores nacionais. Ignorar este quadro legal é expor-se a riscos totalmente desnecessários.

Um consultor financeiro licenciado conhece as instituições seguras, reconhece sinais de fraude, avalia o risco real e adapta recomendações ao perfil e à jurisdição do cliente. Ou seja: substitui promessas por informação e segurança.


Porque é que a assessoria financeira profissional faz toda a diferença para expatriados

A vida financeira de um expatriado é mais complexa do que a de um residente local. Envolve:

  • diferentes sistemas fiscais,

  • regras de investimento transfronteiriças,

  • seguros com exclusões específicas,

  • riscos cambiais,

  • e enquadramentos legais que variam país para país.

Por isso, confiar apenas em fóruns, amigos ou publicidade online não é suficiente — e pode sair muito caro.

Uma assessoria financeira profissional e certificada ajuda a:

  • Evitar produtos inadequados ou ilegais,

  • Optimizar investimentos e poupanças,

  • Escolher seguros que realmente protejam,

  • Adaptar a estratégia financeira ao país de residência,

  • Reduzir riscos e aumentar previsibilidade.

Em suma: ser expatriado não tem de significar estar exposto. Com informação, transparência e acompanhamento especializado, é possível construir uma vida financeira segura e estável na Europa.

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